26 outubro 2009

Soul Brasil na Dinamarca 6

O povo dinamarquês não é dos mais calorosos. Mas só porque não dão beijinho no rosto não quer dizer que não sejam amáveis e atenciosos. Notamos que, por todas as cidades pelas quais passamos com o festival Mørket, as pessoas mostram seu carinho não por abraços e beijos, mas pela forma com que se esforçam para acertar os mínimos detalhes de cada evento. Não há uma mesa sequer que não seja decorada com flores e frutas; não há um café-da-manhã em que não haja pão quentinho e fresco; não há jantar sem fartura de comidas e bebidas.

Além disso, os anfitriões que recebem os artistas são extremamente educados e discretos, deixando-nos à vontade para fazer o que quisermos em suas próprias casas. Só na Dinamarca dá pra imaginar uma festa em que os hóspedes fazem a bagunça com os anfitriões dormindo, onde os hóspedes abrem a geladeira e tiram o que quiserem, onde abrem o balcão de bebidas e bebem o que desejarem. Essa é a maneira dinamarquesa de receber: faça o que quiser, pois o que é meu é seu também. "Mi casa, su casa", literalmente. Porque sempre levam em consideração a responsabilidade do outro, respeitam a individualidade, e contam com a integridade de quem está ao lado deles.



Na fazenda de Børge e Helle, nossa sede em Idom-Råsted, dormimos espalhados pelos cômodos da casa, mas era tão confortável que parecia estávamos em nosso próprio lar.



Fomos tão bem recebidos que decidimos retribuir. Fizemos um feijão amigo com arroz e bacon, pra mostrar pra eles um pouco do sabor da comida brasileira.



De sobremesa, um chocolatinho dinamarquês que derrete na boca, com vinho e coca-cola.



Na noite do show, o estábulo virou restaurante e night club pra mais de 60 pessoas.



Na mesma noite partimos para Brande, onde tínhamos um show às 11h da manhã do dia seguinte. Ainda na madrugada, experimentei o som do piano Yamaha que estava lá à disposição. O batera Thales Lemos registrou.

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