Este blog não foi abandonado. Ainda é uma das atividades que mais gosto e que mais ocupam tempo na minha cabeça. Estou sempre a criar novos posts, mas que nunca saem do rascunho cerebral. Vejo até comentários aos belos textos que invento, e até respondo mentalmente aos supostos leitores com uma sede insaciável de debate. Quem me conhece sabe que adoro conversar sobre coisas, idéias, teorias, o que me torna um chato (às vezes).
Acontece que este blog se tornou uma das minhas principais fontes de preocupação também. É o peso que deve ser suportado por quem quer ser levado a sério (nem que seja um pouquinho, pra ter o mínimo de credibilidade). Para atualizá-lo, preciso preencher-lhe as páginas virtuais com algum conteúdo interessante, porém não apelativo ou de mau gosto; leve, porém não fútil ou tolo; sério, porém não indigesto ou sisudo; novo, porém não totalmente desprendido das idéias que já existem.
Assunto não me falta, porém o difícil é filtrá-lo em tantas categorias e ainda encontrar o ponto exato em que o que quero dizer se atualiza perfeitamente com o que a multidão de possíveis leitores virtuais está querendo ler no momento exato em que clicam no google "blog de jazz". Não, minto. Também não é esse o meu problema. Afinal atender às expectativas dos outros nunca foi um obstáculo pra qualquer coisa que eu fizesse, sempre me importei mesmo é com as expectativas do Macedo. Macedo é o nome do meu superego. Esse sim é exigente.
Macedo é o cara que não deixa que os meus posts - sempre piscando no meu córtex cerebral, brilhando de orgulho, geniais, bem-sacados - se transformem em impulsos elétricos para os meus dedos e acabem se transformando em (bons) textos após pressionar as teclas do novíssimo notebook que comprei basicamente para turbinar minha performance comunicacional enquanto apropriando-se dos recursos da rede mundial de computadores. Ou seja, o maior inimigo deste blog é o Macedo. Ele é que não me deixa escrever. Ele é que me torna um Urtigão internético.
Eu juro que tento atrapalhar o Macedo com diversos recursos. Álcool é um deles. O Macedo costuma ficar quieto quando jogo algum álcool nele. Mas não há saúde que agüente tanto álcool.
P.S.: este blog também ficou parado por causa de um certo desânimo com a manobra ganancio$a da La$t.FM, que passou a cobrar para liberar as músicas que faziam a minha alegria (e a dos freqüentadores do blog). Tentei encontrar uma outra solução, mas não encontrei um outro serviço que oferecesse um registro gratuito de perfil para escolha das músicas. Por enquanto, fica sem música mesmo. Se alguém tiver uma idéia, estou ouvindo.
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