Muitos conhecem o som doce e cheio de reverb das flautas de bambu peruanas - tradicionais sampoñas -, geralmente interpretando algum tema de filme ("My heart will go on" de Titanic é o hit insuperável, só perdendo para "El condor Pasa") ou até mesmo um sucesso sertanejo. Aqui o flautista romeno Damian Draghici mostra como uma flauta parecida, a flauta de pan pode ser utilizada com um pouco mais de audácia e técnica em músicas mais complexas.
Como mostra este incrível arranjo pra Giant Steps, Draghici usa a flauta de pan com extrema maestria no jazz - bem
melhor que os sorveteiros que passavam na minha rua usando a bendita
flautinha para chamar os fregueses, passando a flauta na boca pra lá e
pra cá, tocando a escala uma vez ascendente, outra descendente -, assim como em gravações com orquestras em Los Angeles, onde mora.
Ele nasceu em Bucareste, capital da Romênia, em uma família de descendência cigana e cheia de talentos musicais. Sua habilidade com a flauta de pan logo lhe garantiu convites, aos 15 anos, pra tocar com a Sinfônica da Rádio Nacional daquele país. Teve a oportunidade de participar de uma audição para professores da famosa Berklee College of Music e ganhou uma bolsa. Graduou-se com honras, tornando-se um improvisador ainda mais astuto, o que o tornou referência mundial no instrumento. Dá pra ver porque...
Confesso que tinha uma certa aversão ao dito instrumento, mas me surpreendi com essa interpretação. Muito boa dica.
ResponderExcluirLegal Edison, continue por aqui...
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